Publicação traz análise sobre violação de direitos e balanço dos trabalhos realizados pela pesquisa
O Observatório de Remoções reuniu, ao fim de sua 2ª fase, os resultados de dois anos de pesquisa-ação, compreendidos entre janeiro de 2015 e março de 2017, fruto do trabalho conjuntos de três laboratórios de pesquisa, LabCidade (FAUUSP), LABHAB (FAUUSP) e LabJUTA (UFABC). O relatório apresenta as experiências, as análises realizadas e reflexões da equipe nas duas frentes e escalas de trabalho a partir das quais o Observatório organizou-se: o mapeamento colaborativo e os estudos de caso ‘Observando de perto’.
O principal objetivo do mapeamento colaborativo foi possibilitar a visibilidade de processos coletivos que implicam na remoção de famílias de seus locais de moradia, ou ainda ameaças de remoções apresentando as motivações para aquelas remoções e interpretações preliminares sobre suas relações com processos mais amplos de reestruturação urbana em curso. Este esforço permitiu a construção e organização de um banco de dados empírico e georreferenciado, considerável e único, que retrata os processos mapeados entre os anos de 2010 e 2016.
O ‘Observando de Perto’ descreve a experiência de ações colaborativas no âmbito de quatro casos: (i) Água Espraiada; (ii) a ocupação Douglas Rodrigues, ambas em São Paulo; (iii) as comunidades existentes no entorno da Rodovia dos Imigrantes, em Diadema, popularmente chamadas de áreas da Ecovias e (iv) uma experiência de formação popular sobre planejamento territorial em Mauá. Para além da exploração analítica dos casos para fins de pesquisa, as ações do Observatório de Remoções puderam, também e em conjunto com os atingidos, produzir contra-propostas às remoções, assim como um maior conhecimento sobre a realidade sócio-espacial dos assentamentos ameaçados.
O relatório apresenta ao mesmo tempo uma reflexão sobre a plataforma de mapeamento colaborativo desenvolvida ao longo do projeto para a construção do banco de dados sobre remoções e as discussões ocorridas em dois seminários organizados pelo grupo de pesquisa-ação para discutir questões pertinentes ao tema trabalhado, assim como compartilhar as metodologias e resultados preliminares alcançados.
Por fim, a publicação apresenta a experiência da Escola Popular de Planejamento da Cidade, em Foz do Iguaçu (UNILA) definida como “um espaço de produção de conhecimento colaborativo e solidário que envolve pesquisadores, moradores, técnicos e lideranças locais”.
Acesse aqui o Relatório do Observatório de Remoções 2015 – 2017.
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