De domingo 22/5 até sexta 27/5 ocorre, online, o XIX Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (Enanpur). O tema dessa edição é “Organizando a Esperança”, no sentido de aproveitar o espaço do evento para “reavaliar as táticas e estratégias, adotadas até o presente, para a formulação e a consecução dos variados projetos societários que assentam em autêntica solidariedade, justiça, liberdade e autodeterminação”, nas palavras dos próprios organizadores.
Muitas pesquisadoras/es e parceiras/os do Labcidade estarão no evento nas sessões temáticas, mesas, sessões livres, encontro de redes, entre diversas outras atividades. Confira aqui a agenda completa de participações da nossa equipe e de alguns parceiros/as e um pouco dos trabalhos que serão apresentados:
Na segunda-feira, integrantes/colaboradores do LabCidade participam de três sessões temáticas. Na ST 2 (Cidade: história e cultura), Stela Da Dalt , colaboradora do LabCidade, apresenta o trabalho Complexo esportivo do Pacaembu (1930-1940): a concepção de um dispositivo, tema que se relaciona com o monitoramento que ela tem feito em textos publicados em nosso site sobre os rumos do processo de privatização desse espaço público na concessão Allegra Pacaembu.
Na ST 4 (Movimentos sociais e a produção do espaço urbano e regional), a coordenadora do LabCidade Isadora Guerreiro e Danyella Manaia apresentam A assessoria técnica na era da indeterminação: Análise do caráter nacional da ATHIS (2015-2020). Na sequência, Isadora se junta à também coordenadora Raquel Rolnik e a Adriana Marín-Toro para apresentar o artigo delas “Gestão neoliberal da precariedade: o aluguel residencial como nova fronteira de financeirização da moradia”, publicado no “Cadernos Metrópole”, na mesa O aluguel como nova fronteira dos mercados habitacionais: financeirização, mercados populares e políticas públicas, parte da ST5 (Habitação e a produção do espaço urbano e regional).
Além disso, o dia também conta com a Sessão Livre Mercantilização da terra e da moradia popular na metrópole neoliberal: lógicas informais entre o Estado e o mercado, apresentada por Isadora Guerreiro, João Bosco Moura Tonucci Filho, Raul da Silva Ventura Neto e Marina Sanders Paolinelli.
Já na terça, a coordenadora Paula Freire Santoro, Gabriela Leandro Pereira, Rossana Brandão Tavares e Diana Helene participam da Sessão Especial – A RBEUR e o campo dos estudos urbanos e regionais, que reunirá pesquisadoras para discutir a produção dos recentes dossiês temáticos da Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais. Elas contribuem com a experiência do dossiê “Território, Gênero e Interseccionalidades”, editado por elas e publicado em janeiro deste ano, que compila artigos selecionados debatendo gênero e interseccionalidade nos estudos urbanos. Confira aqui os posts que fizemos sobre os quatro blocos temáticos deste trabalho.
Paula e Miguel Mermejo apresentam artigo sobre o Largo do Arouche: uma trama de disputas – Lócus de transformação urbana e resistência LGBTQIA+. Ela também participa da sessão livre Os gêneros e as sexualidades dissidentes na cidade, com Diana Helene, Clevio Rabelo e Eduardo Rocha.
A sessão livre Há algo de novo nos projetos urbanos?, é fruto do grupo de pesquisa sobre regulação urbana, composto por Paula Santoro, Laisa Stroher, Simone Gueresi, Carolina Heldt, entre outros pesquisadores. A proposta é fazer um debate crítico sobre os grandes projetos urbanos através de uma análise mais atenta do papel que o Estado tem localmente nas transformações econômicas estruturais que acontecem no âmbito global. A ideia é investigar se houve inovações nos estudos sobre esses processos de transformação de trechos de cidade, especialmente no que diz respeito aos atores que mobilizam instrumentos como Operações Urbanas Consorciadas, Projetos de Intervenção Urbana e Parcerias Público Privadas na metrópole de São Paulo.
Finalmente, as equipe do LabCidade e do Observatório de Remoções apresentam a sessão livre Faces da situação de emergência habitacional durante a pandemia na Região Metropolitana de São Paulo, com análises dos novos desafios da crise habitacional construídas a partir dos dados do Observatório de Remoções – que completa 10 anos e 2022 – durante período pandêmico (03/2020 a 03/2022).
A mesa pretende explorar a diversidade, em termos de meios mobilizados nas remoções, contexto imobiliário e formas de resistência, das diferentes frentes de alta incidência de remoções mapeadas pelo OR, que incluem a Cachoeirinha, na ZN, os bairros da República e da Santa Cecília, a Vila Andrade, a região do ABC, entre outros pontos da RMSP.
O também coordenador do LabCidade e pesquisador pós-doc Aluízio Marino abrirá a mesa fazendo um panorama do processo de mapeamento. Em seguida, Giovanna Milano, professora da UNIFESP, traz uma análise do papel dos fundos imobiliários no acentuamento da cisão territorial entre o vetor sudoeste, de mais alta renda, e as áreas populares da cidade; e da concentração de lançamentos de Habitação de Interesse Social em áreas que não coincidem com as áreas de muitas remoções mapeadas. Larissa Lacerda, doutoranda na FFLCH e pesquisadora do LabCidade, discute o surgimento de novas ocupações e Talita Anzei, doutoranda na UFABC e pesquisadora do LabCidade e do LabJuta, traz observações sobre as novas redes de resistência que têm se formado nos territórios populares.
O XIX Enanpur ocorre online e é aberto somente para inscritos. Os trabalhos apresentados que não foram publicados em outros locais estarão disponíveis nos anais do evento em acesso aberto.
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